Saiba como os dois estão relacionados
A curva ABC é usada para categorizar dados conforme sua relevância. De aplicação versátil, pode ser empregada inclusive na engenharia de custos.
O termo ABC refere-se aos grupos de importância considerados, cuja organização obedece a uma ordem decrescente.
Assim, o Grupo A inclui itens que correspondem a uma expressiva parcela do orçamento. O grupo B, itens de importância intermediária e o grupo C, os de menor importância considerando o preço total. Quando as informações estão classificadas dessa forma, o gestor pode fazer análises e tomar decisões de maneira mais assertiva.
As faixas da curva ABC podem variar, mas publicações do Tribunal de Contas da União citam 50%, 30% e 20% do valor total do orçamento como percentuais representativos para os grupos A, B e C, respectivamente.
Concentrar atenção em itens de maior impacto na obra pode auxiliar no andamento das tarefas e no cumprimento do cronograma estabelecido, evitando desperdícios de tempo e dinheiro. Muitas vezes, a verificação da totalidade dos itens que compõem um orçamento seria muito demorada, por isso a curva ABC representa uma ferramenta de análise útil também a serviços de auditoria.
A curva ABC pode ser expressa de forma gráfica ou por meio de tabelas de insumos ou serviços. Com o percentual representativo de cada item em relação ao valor total do orçamento, é possível obter os valores percentuais acumulados até o final do processo executivo.
Na curva ABC de insumos, são listados materiais, mão de obra e equipamentos em ordem decrescente de relevância, observando preço unitário e quantidade utilizada na obra. Enquanto na curva ABC de serviços, os itens correspondem aos serviços do orçamento e são ordenados por sua importância em relação ao preço total, também em ordem decrescente.
No Sistema de Análise e Elaboração de Orçamento de Obras – SEOBRA, desenvolvido pela 682 Soluções, é possível gerar relatórios da curva ABC de insumos ou serviços em arquivo pdf e xls. Os itens são listados em uma tabela que pode ser personalizada modificando as faixas que definem os grupos e as suas cores, por exemplo.
Fonte: Tribunal de Contas da União/ Secretaria-Geral de Controle Externo/ Secretaria de Fiscalização de Obras – I. Roteiro de Auditoria de Obras Públicas. 2012.