O que diferencia esses tipos de orçamento?
Uma boa estimativa sobre custos é fundamental para o desenvolvimento de qualquer projeto. Nesse contexto, termos como orçamento sintético e orçamento analítico são frequentemente empregados na construção civil.
O orçamento sintético corresponde à planilha orçamentária, na qual são apresentados todos os serviços necessários, com suas respectivas informações sobre unidade de medida, custo unitário e quantidade.
De acordo com o TCU, os orçamentos sintéticos devem ser preferencialmente elaborados incluindo os percentuais de BDI, uniformes ou diferenciados, nos preços unitários dos serviços. Mas é possível que o percentual seja descrito no fim da planilha e o preço da obra seja obtido através da soma dos custos dos serviços com a parcela correspondente ao BDI.
No orçamento sintético os serviços podem ser divididos conforme sua similaridade e ordem cronológica de execução, a fim de facilitar o processo de controle e medição. É comum a divisão da obra por trechos, existindo orçamentos sintéticos para cada um deles.
Já o orçamento analítico apresenta as composições de custo unitário para cada um dos serviços apresentados na planilha orçamentária. As composições de custo unitário definem o valor necessário para executar uma unidade do serviço e baseiam-se em coeficientes de consumo e aproveitamento de materiais, assim como coeficientes de produtividade de mão de obra e equipamentos.
Dependendo da natureza e complexidade das composições, é possível que existam custos operativos e improdutivos para equipamentos, além de composições auxiliares dentro das composições de custo. O uso de composições auxiliares deve ser feito com atenção para que não haja duplicidade na incidência do percentual de BDI sobre o custo do serviço.
Segundo o TCU, composições de custos unitários, detalhamentos de Encargos Sociais e BDI integram o orçamento que compõe o projeto básico da obra ou serviço de engenharia. Por isso, devem constar em anexos do edital de licitação e propostas de licitantes.
Entre as funcionalidades do Sistema de Análise e Elaboração de Orçamentos de Obras – SEOBRA, estão criar orçamentos com base em fontes oficiais de custos, inserir composições e insumos próprios, bem como gerar planilhas orçamentárias e relatórios analíticos nos formatos XLS e PDF.
Fontes:
Brasil. Tribunal de Contas da União. Orientações para elaboração de planilhas orçamentárias de obras públicas / Tribunal de Contas da União, Coordenação-Geral de Controle Externo da Área de Infraestrutura e da Região Sudeste. – Brasília: TCU, 2014.
Brasil. Tribunal de Contas da União. Auditoria de obras públicas / Tribunal de Contas da União; conteudista: André Pachioni Baeta. – Brasília, 2ed: TCU, Instituto Serzedello Corrêa, 2012.